A tireóide e o hipotiroidismo
Todos nós, homens e mulheres, temos uma glândula chamada tireóide. Dizem que lembra a forma de uma borboleta. Cerca de 5% da população* apresenta anomalias funcionais da glândula tireóide (ou tiróide, com forte predomínio nas mulheres. E eu sou uma delas.

Em crianças, pode causar ainda atraso do crescimento e, se não tratado, deficiência mental importante. É uma doença auto-imune, auto-agressora. Às vezes, dá tanto trabalho em quem tem o problema como para os que convivem com quem tem.
Tireóide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço que possui importante papel no controle do metabolismo do organismo. Ela produz os hormônios tireoideanos (T4 e T3), que modulam a velocidade com que a energia será consumida. A glândula tireóide é estimulada a produzir o T3 e T4 por outro hormônio, o TSH (hormônio tíreo-estimulante ou tireotrofina), produzido na Hipófise (glândula situada no cérebro). A glândula tireóide pode produzir hormônio demais (hipertireoidismo), ou de menos (hipotireoidismo), fazendo o corpo usar energia mais lentamente do que deveria.
A Hipófise, por sua vez, é estimulada a produzir o TSH por outro hormônio ainda, o TRH (hormônio liberador da tireotrofina), este produzido no Hipotálamo (uma área do cérebro).
O hipotiroidismo
De um modo geral, o hipotireoidismo mais comum é do tipo primário, geralmente causado por uma tireoidite de Hashimoto, que se caracteriza por uma inflamação crônica da tireóide ocasionada por anticorpos que atacam a própria tireóide (doença auto-imune). Algumas pessoas já nascem com hipotireoidismo (congênito).
Em geral, os sinais físicos e psiquiátricos, sobre tudo se o hipotireoidismo é diagnosticado precocemente, melhoram com o tratamento hormonal substitutivo.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são os seguintes:
Bócio;
Aumento de peso;
Cansaço crônico;
Depressão, dificuldade de concentração e lapsos de memória;
Dificuldade de raciocínio;
Pele ressecada, cabelos ásperos e quebradiços;
Constipação intestinal (prisão de ventre);
Anemia;
Dificuldade para engravidar e abortamentos;
Inchaço de tornozelos e face;
Colesterol elevado;
Dor e fraqueza muscular;
Dores nas juntas.

Por teimosia, já deixei de tomar o remédio, ao fazer a conta insana de que por mais de dez anos com uso contínuo, tomando 1 comprimido por dia eu já havia ingerido cerca de 3.600 comprimidos e uns 300 quilos de levotiroxina (hormônio este não mais produzido pela glândula tireóide, e que deve ser reposto diariamente). Então já devo ter sarado! – pensei. Ledo engano, não se sara, não há cura, há sim tratamento e que bom que existe! E sem a medicação por alguns dias foi o suficiente para voltar à estaca zero que além da volta de todos os sintomas, voltaram com maior intensidade. Recentemente em outra recaída, quatro dias sem a medicação tomei algumas atitudes que depois me arrependi, todas ligadas a questão emocional e depois dormi um dia inteiro sem ter forças para levantar.
O preço da medicação é baixo, comparado a outros remédios de uso contínuo. Existem marcas diferenciadas com preços acessíveis. O SUS realiza o exame, em postos de saúde onde se faz a coleta do sangue. Antes é necessário consultar um médico para obter o pedido dos exames TSH, T3 e T4.
A dosagem correta da medicação é difícil de acertar, às vezes tem de ser aumentada ou diminuída, mas só o exame TSH é que vai determinar. Quem toma uma dosagem abaixo da necessária, não faz efeito nenhum. Se a dosagem está muito alta, corre-se o risco de virar hipertiroidiano além de ter os efeitos como insônia, taquicardia e agitação. Por isso, a cada 6 meses são necessários novos exames. Para pessoas já operadas eu fui operada 2 vezes em um mes com diagnostico maligno (com nódulos benignos ou malignos) a recomendação pode ser até antes desse prazo.
Diagnosticar, tratar, tomar o remédio todos os dias em jejum e esperar uma hora antes de se alimentar. Obter conhecimento sobre a doença e ter perseverança, com certeza melhora a qualidade de vida e das pessoas que estão à sua volta e você ficará com disposição, tal qual uma borboleta.
câncer papilifero e
câncer papilifero folicularhá á 7 anos.
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