minhas músicas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Tempo Revirar
Reviro o dia
Revejo o tempo,
Retalhos de recordação
Tempos de sonhos da menina
Tempos de brincar de paixão.
Reviro tentando reviver
E me flagro num instante
A te querer
Nem pensava isso agora
Nem sonhava este tesão
O tempo revira a gente
E reascende o coração.
Guardei tanto este querer
Que nem sabia que existia
Mas há certa chama
Que não se apaga, não desinflama
Apenas esconde-se em algum lugar
Até o tempo revirar.

                          

AMADO ASSIM

Você que é luz
Que veio a mim
Pelas mãos sábias do destino
Você a quem ensino
E quem me ensina,
Você de quem recebo força
E vontade de viver.
Você que motiva meu sonhar
E que me faz querer acordar.
Você que deu ao meu coração
O calor da paixão
E a plenitude do amor ...
Ah! você ... só posso sorrir
Ao lembrar, ao sentir
Saudade tua e te querer ...
Ah! Amada
Que desejo tanto e tanto amo,
Você que faz secar as palavras
E brotar uma lágrima
Pela falta tua...
Você, que se não tivesse chegado
No meu mundo,
Eu ...eu nada! o que seria de mim?
Não saberia que amor tem tamanho
Mas que o amor por você
Não tem, é infinito
E que, a ninguém nesta vida
Devia ser permitido morrer
Antes de ter amado assim.
DOR


Sinto dor,
Dor de quem perdeu
O que amou,
Dor quem lutou
E não conseguiu.
Dor de ter que apunhalar,
Que sufocar e arrancar
De dentro de mim
O amor.
Tenho dor.
É dor de sonhos
Que não posso ter
(Nunca deveria tê-los alimentado),
Dor de olhar pro lado
E não te ver.
Dor de mandá-la ir
Ainda amando
E ficar aqui.
Tenho dor.
Dor que tanto adiei sentir
Por medo da dor,
Ou por crer na força do amor.
Dor por descobrir
Que sozinho não se pode amar,
Não supre, não basta, não dá!
Tenho dor.
Dor de ter que seguir
Sem olhar para trás,
Dor por dizer nunca mais,
E abondonar o grande amor.
Dor de não se conformar
Em nunca mais poder voltar.
Consideração
Há aquilo que se sabe
E o que nunca se devia saber.
A verdade não é o que faz sofrer
Faz sofrer o que não tem um porquê,
O que desafia a razão, é sem sentido,
sem explicação,
Aquilo que não merecemos ...
Que não nos teve consideração.

A LUA E, NÓS!!!

OUTRA PARA VOCÊ
Todos os meus dias
São feitos de duas partes
Duas metades totalmente diferentes:
Uma em que a vida passa
Outra em que vivo intensamente.

Quando só passo
É porque você não está
Quando vivo é porque
Estou com você.
Todos os meus dias
São pra caminhar
Te buscando
Ou pra te esperar.
Só posso saber
Que minha vida
Descobriu seu porquê,
Quando tenho você.
Agora viver tem sentido
Tenho até um bom motivo
Para sentir saudade
Pois mesmo na falta
Estou naquela metade
Em que tenho você.

Pensando em qum fomos...



POEMA SEM SENTIDO
QUERO TE DIZER
QUE EU NÃO SOU MAIS TEU
SE TE DIGO ADEUS E
NÃO AMO MAIS VOCÊ
COMO UM DIA AMEI
SE TODO AQUELE AMOR
É DOS DOIS, É DOS DOIS TAMBÉM A DOR
TEM OS MOTIVOS, O CORAÇÃO:
SÃO DIAS INTERMINÁVEIS DE SOLIDÃO,
SÃO AS LÁGRIMAS QUE CHOREI,
E SÃO ESPERAS QUE CANSEI.
AS LINDAS COISAS QUE VIVEMOS
TODOS O MOMENTOS DE PAIXÃO
VÃO PORQUE NADA É PARA SEMPRE.
O QUE SOBRA DEPOIS DO FURACÃO
(NEM SEI SE HÁ ALGO PARA SOBRAR)
SÃO QUEDAS, TROPEÇOS, MARCAS DE NOSSO FRACASSO
MAS TEMOS QUE DAR ESTE PASSO.
SONHO? O SONHO ACABOU.
NOVO É NOSSO CAMINHO, EU POR AÍ,
VOCÊ POR ONDE QUISER SEGUIR.
 
Só há sentido a quem sabe viver o amor e contar até dois, quem aprendeu a contar, quem foi a segunda filha, a segunda sílaba e o único amor.

POEMA SEM SENTIDO
QUERO TE DIZER
QUE EU NÃO SOU MAIS TEU
SE TE DIGO ADEUS E
NÃO AMO MAIS VOCÊ
COMO UM DIA AMEI
SE TODO AQUELE AMOR
É DOS DOIS, É DOS DOIS TAMBÉM A DOR
TEM OS MOTIVOS, O CORAÇÃO:
SÃO DIAS INTERMINÁVEIS DE SOLIDÃO,
SÃO AS LÁGRIMAS QUE CHOREI,
E SÃO ESPERAS QUE CANSEI.
AS LINDAS COISAS QUE VIVEMOS
TODOS O MOMENTOS DE PAIXÃO
VÃO PORQUE NADA É PARA SEMPRE.
O QUE SOBRA DEPOIS DO FURACÃO
(NEM SEI SE HÁ ALGO PARA SOBRAR)
SÃO QUEDAS, TROPEÇOS, MARCAS DE NOSSO FRACASSO
MAS TEMOS QUE DAR ESTE PASSO.
SONHO? O SONHO ACABOU.
NOVO É NOSSO CAMINHO, EU POR AÍ,
VOCÊ POR ONDE QUISER SEGUIR.
Magnus 09/07/2008
Só há sentido a quem sabe viver o amor e contar até dois, quem aprendeu a contar, quem foi a segunda filha, a segunda sílaba e o único amor.
A PRESENÇA DA AUSÊNCIA
...
Saudade é em essência
A ausência da presença
E, paradoxalmente
É a presença da ausência
Esta coisa impertinente
Tão eternamente presente
Dentro da gente
Que se esconde sorrateiramente
Para, num repente
Avisar que aquela falta
Aquela ausência
Continua presente
Feito dor e amor eternos
No coração da gente

É ASSIM QUE TE AMO...

TE ASSUSTO
Meu amor te amedronta
Te deixa tonta
Quando me entrego
E digo: Te amo, te amo, te amo!!!
Meu amor, eu te amo
Num instante para sempre
Me dou a você
Então você se assusta
Fica confusa
E não sabe se quer meu querer
Eu me entrego a você
Já te dei minha alma,
Meu corpo e coração
Já te dei meu passado
E os dias que virão
Coloquei os meus sonhos
E sua mão.
Sei que te assusto
Mas é assim que sei amar
É assim que sei me entregar
Inteiro, plena e totalmente
Sempre e sempre

quarta-feira, 28 de novembro de 2012




Tomar decisões extenua o cérebro
O cérebro é como um músculo: quando cansado torna-se menos eficaz.

Lugares onde se encontra a paz, lugares onde se dixam sorrisos pendurados, lugares onde podem passar milhares de pessoas mas que são só nossos, lugares de encontro, lugares onde a vida pára por uns segundos. É nesses recantos onde tudo faz mais sentido.



É nestes momentos em que me apercebo das minhas fragilidades que percebo os limites daquilo que sou, as linhas que projecto, os lugares de onde venho e aqueles para onde quero ir. Sim, quero estar aqui, quero ter-te ao meu lado e juntos conquistaremos o mundo, a plenitude que atingem duas almas que se completam, se consolam, se encontram.São estes os momentos que se guardam da vida, são estes os momentos em que se pode ter apenas uma frase a cair pelos lábios quietos: se morresse agora, morreria feliz.

Um dia
um dia, sem que ninguém esteja à espera, acontece. Acontece porque há muito que está para acontecer. Sempre faltou aquele empurrão. Já não falta. Agora é acreditar. Acreditar que os impossíveis são apenas obstáculos que se ultrapassam. E que no final, olhando para o caminho lá de cima de onde se vêem as curvas sinuosas, eram apenas teimoziazinhas sem razão de ser. Daqui a uns meses, um ano, talvez menos, talvez mais. Acontece. Sei que sim. E acontece porque é assim que tem de ser. São designios que não se sabe de onde vêm, mas é cá bem do fundo. Prometo.
                                               Cacos


Caiu ao chão, ficou em estilhaços, desfeito. Cada pedaço em seu canto. Ali foram ficando até que alguém os juntou, os colou, voltou a fazer deles um só. Mas não. Não voltou a ser a mesma jarra.

             

Aconchegos. Há dias em que só devia haver aconchego. Não devia haver palavras. Não devia haver imagens. Não devia haver nada, nem ninguém. Só um pijama quentinho e lençóis quentinhos.

Há palavras que não queremos ouvir nunca, lugares onde não queremos ir nunca, dores que não queremos para os nossos, nunca. Quando esses nuncas nos caem em cima vem o desespero, o medo, a dor da impotência. Depois vem a vontade de lutar, de vencer, de ser mais forte que tudo. Esses são os momentos de revelação que em percebemos o quão insignificantes somos e em que voltamos ao que sempre negámos.
Eis-me de volta à esperança nas coisas do céu. Eis-me crente nas coisas do céu e nas da terra ao mesmo tempo. Eis-me crente na capacidade do homem lutar e na capacidade do céu dar a esperança e o zelo.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Meu eu de verdade!!!






"Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade.

Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz...

Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais."

ser e ser...




"Uma das coisas mais trágicas que eu conheço sobre a natureza humana é que todos nós tendemos a adiar a vida. Estamos todos sonhando com algum jardim de rosas mágico no horizonte – ao invés de aproveitar as rosas que estão florescendo no lado de fora de nossas janelas hoje.”

          "Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
A terceira é o grave inverno.
Em quarto lugar o verão.
A quinta coisa são teus olhos.
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando".

                         



"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche". 

meu eu intimo...




Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias 


                           
Eu gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim. 



"Pense coisas boas. Faça coisas bonitas. Diga palavras risonhas. Sorria antes do desprezo. Faça circular em sua volta uma porção de sentimentos bons para atraí-los de volta a você."


domingo, 18 de novembro de 2012

ALEGRE ERA...




Alegre era a gente viver devagarinho….
 miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.
 Felicidade se acha é só em horinhas de descuido.

TENHO UM SORRISO BOBO


Tenho um sorriso bobo e um par de asas tortas.
É que as vezes (quase sempre) não vôo, eu me jogo.

EUUUU


Gosto de pessoas normais, na medida, no ponto.
Com os seus altos e baixos, crises, neuras, alegrias…
Aquelas que riem e choram , que gritam, que batem o pé…
As que derrubam comida na roupa, as que amarram o cabelo na balada…
As que se permitem errar, experimentar, que se arriscam com o desconhecido, pisam na bola, mas que também acertam, amam…
Eu gosto das pessoas palpáveis, de carne e osso!

sábado, 17 de novembro de 2012

                

Eu sou assim. Do meu jeito, com manias, amores e desamores, sonhos possíveis e impossíveis, certezas e contradições, apegos e desapegos.Tranquila e ansiosa, alegre e triste, boazinha e malvada... Uma confusão de emoções! E quer saber? Sou assim mesmo, sensível, preguiçosa, dorminhoca, choro por nada, rio por qualquer coisa, e a saudade costuma me maltratar muito. Culpas ea rrependimentos já são coisas do passado. Aprendi a ouvir, mas adoro falar... Ainda aprendendo a dizer “não”... Gosto de perfumes, vinho, música, bons livros, cinema, e porque não, uma boa comida? Ah... e muitas viagens... Mas gosto sempre de voltar! Aqui é meu lugar, apesar de não ter mar... Quanto a mudar? Posso até me esforçar, mas já estou meio que acomodada... Sou o que sou. Não posso e nem quero ser aquilo que os outros desejam. Quero viver do meu jeito, no final de tudo, poder dizer que vivi e fui feliz. Mas com as escolhas que fiz. Sou assim e gosto de ser assim.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

 
 
 
Coração de cabana, alma de mato, personalidade de fogo.

Jeito de menina, vontade de mulher!

Chuva de emoções, trovoadas de desejos expostos a todo vapor.

Temperamento? Cutuca pra ver...
"Coração de cabana, alma de mato, personalidade de fogo.

Jeito de menina, vontade de mulher!

Chuva de emoções, trovoadas de desejos expostos a todo vapor.

Temperamento? Cutuca pra ver...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Exorcizando o rótulo de "melhor amiga"


Quando eu era pequena, acreditava no conceito de uma melhor amiga. Depois, como mulher, descobri que se você permitir que seu coração se  abra, você encontrará o melhor em muitas amigas. É preciso uma amiga quando você está com problemas com os homens, outra amiga quando você está com problemas com sua mãe. E outra quando vc não sabe onde está o problema...

Tem uma amiga pra quando você quer fazer compras, compartilhar, curar, ferir, brincar, fofocar ou apenas ser você. Uma amiga dirá 'vamos rezar', uma outra 'vamos chorar', outra 'vamos lutar', outra 'vamos fugir'. Uma amiga atenderá às suas necessidades espirituais, uma outra à sua loucura por brincos, uma outra à sua paixão por filmes, outra estará com você em seus períodos confusos, uma outra será o vento sob suas asas, e, quase todas, te puxarão a orelha de vez em quando. Mas onde quer que ela se encaixe em sua vida, independente da ocasião, do dia ou de quando ou quanto você precisa, seja com seus tênis e cabelos presos, super produzida ou para impedir que você faça uma loucura... todas essas são suas melhores amigas.

Elas podem ser concentradas em uma única mulher ou em várias... umas da infância, umas da escola, dos anos de faculdade, umas outras sabe-se lá daonde! Algumas de antigos empregos, outras de ocupações atuais, da igreja ou do bar preferido! Há os dias da própria mãezinha, outros dias sua vizinha. As vezes suas irmãs, as vezes suas filhas. Cada uma a seu modo, elas estão ali e são imprescindíveis!

Assim, podem ter sido 20 minutos ou 20 anos o tempo que essas mulheres passaram contigo e fizeram a diferença em sua vida. Minhas queridas, podemos ser muito diferentes e algumas de vocês podem até estar longe geograficamente, mas estarão sendo lembradas com carinho perpetuamente, pois em algum momento da minha vida fizeram algo por mim ou compartilharam de algum momento comigo, e desta forma, ganharam lugar cativo em meu coração.

Agradeço a todas que fazem parte do meu círculo de mulheres maravilhosas que fizeram e ainda fazem a diferença em minha vida!

Amor sempre, suzy





Os 4 compromissos do guerreiro espiritual 
Em 2005 estava fazendo meu mapa-astral com o Tato Neves, um cara muito competente, e vi na sala dele uma placa com os dizeres "Os 4 compromissos do Guerreiro Espiritual". Gostei do conteúdo, anotei e, desde então, ficam na minha mesa de trabalho. Sempre dou aquela olhada, procuro absorver, mas apenas recentemente os tais quatro compromissos começaram a ter uma influência mais perceptível na minha vida. Especialmente o segundo compromisso.

Voltando para a linha de textos mais reflexivos no blog, compartilho com vocês esse presente. Nas próximas postagens, quero fazer uma reflexão mais detalhada, uma interpretação pessoal sobre cada um dos quatro compromissos. Por hora, conheçam o resumo desse material:

Os quatro compromissos
Toda a sua mente é um nevoeiro que os toltecas chamam de mitote. Sua mente é um sonho em que mil pessoas conversam ao mesmo tempo, e ninguém entende o outro. Essa é a condição da mente humana – um grande mitote, e com esse grande mitote você não consegue enxergar o que realmente é. Ser um guerreiro Tolteca, espiritual, é lutar contra esse nevoeiro. Existem centenas de compromissos que você firmou consigo mesmo, com as outras pessoas, com seu sonho de vida, com Deus, com a sociedade, com seus pais, cônjuge e filhos. Contudo, os mais importantes são os que você fez consigo mesmo, dizendo quem você é, como se sente, no que acredita e como deve se comportar. O resultado é o que você chama de personalidade. Nesses compromissos você diz: 'Isso é o que sou. Isso é aquilo em que acredito. Posso fazer certas coisas e outras, não. Essa é a realidade, aquela é a fantasia. Isso é possível, aquilo é impossível'.

Se não gostamos do sonho de nossa vida, precisamos alterar os compromissos que nos regulam. Quando, finalmente, estivermos prontos para mudá-los, quatro compromissos poderosos nos ajudarão a quebrar aqueles que vêm do medo e drenam nossa energia. A cada vez que se rompe um acordo, o poder usado para criá-lo retorna ao seu dono. Se você adotar esses quatro novos compromissos, eles criarão poder pessoal suficiente para alterar todo o seu antigo sistema de obrigações.

Você precisa de muita força de vontade para adotar os Quatro Compromissos - mas se você conseguir começar a viver sua vida de acordo com eles, a transformação será impressionante. Você verá o inferno desaparecer diante dos seus olhos. Em vez de viver um sonho infernal, estará criando um novo sonho — seu sonho pessoal do céu.

1- PRIMEIRO COMPROMISSO: seja impecável com sua palavra.


Através da palavra torna-se possível a expressão do poder criativo. A palavra é um instrumento de magia: branca ou negra. Uma faca de dois gumes: pode materializar o mais exuberante dos sonhos ou destruir uma nação. Dependendo de como é usada, ela pode gerar liberdade ou escravidão. Ser impecável é não contrariar sua natureza, é assumir a responsabilidade por seus atos, pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou culpas. Sem peccatu. Ser impecável com a própria palavra é empregar corretamente a sua energia, ou seja, não desperdiçar ou perder energia e poder pessoal. É usar a palavra na direção da verdade e do amor por você. Se você se comprometer a ser impecável com sua palavra, basta essa intenção para que a verdade se manifeste por seu intermédio e limpe todo o veneno emocional que existe em seu interior.

2- SEGUNDO COMPROMISSO: não leve nada para o lado pessoal.


Se você leva tudo para o pessoal é porque concorda com o que está sendo dito. Ao concordar todo o veneno passa a fazer parte de você. O que causa seu próprio envenenamento é o que os toltecas chamam de importância pessoal, expressão máxima do egocentrismo. Nada do que os outros fazem é motivado por você, é por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, nevoeiro ou mente, inclusive você. Se você aceita o lixo emocional do outro, ele passa a ser seu também. Se você se ofender sua reação será defender suas crenças e criar mais conflitos. Então, se você fica brava comigo, sei que está lidando consigo mesma. Sou apenas uma desculpa para você se irritar e fingir que não tem medo. Mas na verdade, sua braveza é uma expressão do seu medo. Sem medo não existe motivo para se irritar, brigar ou me odiar. Sem medo, não há motivo para sentir ansiedade, ciúme ou inveja.

3- TERCEIRO COMPROMISSO: não tire conclusões.


Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo. Interpretar tudo segundo nossa ótica, nossa mente, nossas crenças. É que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e pensando - levamos para o lado pessoal -, então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossa palavra. Por isso, fazemos presunções, estamos pedindo problemas. Tiramos uma conclusão, entendemos de modo errado, levamos para o pessoal e acabamos criando um grande conflito interno, familiar, profissional, mundial, do nada. Como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre elas; depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento. O grande mitote na mente humana cria um bocado de caos, que faz com que interpretemos mal e tudo errado. Apenas enxergamos o que queremos enxergar e escutamos o que queremos escutar. Temos o hábito de sonhar sem base na realidade. Literalmente, enxergamos e escutamos coisas com nossa embaçada imaginação.

PS: Sempre que apontamos para alguém, nossa mão mostra os outros três dedos apontados para nós mesmos!

4- QUARTO COMPROMISSO: dê sempre o melhor de si.


Na verdade, esse é o compromisso de colocar na prática os outros 3 compromissos. Você nasceu com o direito de ser feliz. Nasceu com o direito de amar, de aproveitar e compartilhar seu amor. Você está vivo. Portanto, tome sua vida e a aproveite. Não resista à vida que está passando através de você, porque é Deus passando através de você. Apenas sua existência prova a existência de Deus. Sua existência prova a existência da vida e da energia.

luz





Com base no princípio de que tudo tem luz e sombra, resolvi virar a mesa na minha vida com relação a um tema bastante sensível para muitas pessoas: a culpa.

É horrível nos sentirmos culpados por algo. Mesmo que a história seja uma fantasia da nossa cabeça. Para começar, prestei muita atenção na afirmação de que “a mente mente”. Mente, e muito! Descobri que boa parte das minhas reações emocionais, que eu não conseguia entender de onde vinha, partia de uma grande fantasia de culpa que criei em algum momento. E, por meio de muita terapia e busca pessoal, tive a felicidade de perceber que tudo não passava de uma grande ilusão.

Retirados esses véus, findadas as fantasias, saí disso tudo com uma ferramenta maravilhosa que desejo compartilhar aqui no blog: o lado-luz da culpa é a responsabilização! O benefício que tirei dessa conclusão foi imenso. Senti-me mais potente e, ao mesmo tempo, leve e livre. Encontrei a responsabilidade que não pesa, mas libera.

Em primeiro lugar, é importante avaliar se o que aconteceu é realmente responsabilidade sua, ou se existe a possibilidade de que várias outras pessoas ou, ainda, uma sucessão de fatos o fizeram crer nisso. Vale lembrar que, boa parte dessas conclusões fantasiosas são criadas por nós mesmos. Especialmente as mais elementares, que mais nos tocam – essas, em geral, formadas na infância.

Feito esse questionamento, o passo seguinte é perceber que, quando cometemos um erro, quando falhamos em algum projeto, em alguma relação, temos a preciosa chance de aprender com o que aconteceu. Culpa para quê? Não há nada mais inútil e paralisante do que esse sentimento. O importante é nos responsabilizarmos pelo ocorrido, sem grandes dramas, dores e auto-punições. Não existe essa história de “ah, não deu certo!”. Deu certo sim – especialmente se focarmos no aprendizado que tiramos da situação, que nos traz novas formas de agir. O segredo é levantar rápido das quedas e não ficar lambendo o chão das culpas.

Ao fazer isso, nos responsabilizamos pela nossa própria vida e paramos de ficar procurando bodes expiatórios para as situações em que não tivemos sucesso. Um exemplo corriqueiro disso é quando um casal não vai bem, e um deles sentencia: “é tudo culpa dele(a)!”. Quando fazemos isso, não percebemos que o ato de lançar culpas para todos os lados é totalmente contraproducente. As pessoas perdem a grande oportunidade de se responsabilizar pela sua cota de participação nas relações que, invariavelmente, é de 50% / 50%.

Quando nos responsabilizamos pela nossa própria sorte, ganhamos poder pessoal e ficamos prontos para fazer diferente dali em diante. Assumimos as rédeas de nossas próprias vidas e atos. Adquirimos novas ferramentas com tudo o que passou. Analisamos, questionamos e aceitamos a nossa contribuição em qualquer que seja o cenário. E isso é bom demais! Ao invés de procurarmos culpados, nos tornamos conscientes da nossa parte e evoluímos a partir dela. Usamos a nosso favor, algo que poderia ficar nos consumindo. Ganhamos movimento e escolhas.

Muita gente evita entrar em contato com essa sensação porque encara uma falha como culpa. O que proponho é que troquem a palavra culpa, e todo peso que ela traz consigo, por responsabilização. E que sintam dentro de si a força, o frescor e as infinitas possibilidades que essa atitude traz.

Em Ordem, Luz e Amor,

                                Sobre perdão

 
Como lidar com situações onde pessoas que amamos profundamente nos ferem? Ou até mesmo, o que fazer com pessoas que nem conhecemos e que nos atingem profundamente? Como lidar com a sensação que vem depois do machucado? Como seguir adiante com a mágoa, com a sensação de que essa pessoa nos deve algo, com a idéia de termos sido injustiçados, maltratados?
Na caminhada da vida, temos o presente de encontrar pensamentos, reflexões e insights que nos aparecem como mágica - ou à custa de muita terapia, suor e lágrimas. Algumas dessas pérolas podem vir em músicas, sonhos ou na palavra generosa de um desconhecido. Dentre esse mosaico de novas idéias e perspectivas, há uma coleção linda que desejo compartilhar e que me foram muito úteis na compreensão do processo de perdão. Vamos a algumas delas:
Ninguém dá o que não temUma pessoa que não recebe amor, atenção e carinho provavelmente terá que fazer um esforço muito maior para se sentir pronta para passar essas mesmas virtudes adiante. É provável que tenha uma tendência natural de repetir padrões de comportamento, podendo tornar-se, ela mesma, uma pessoa um tanto inábil para dar amor, atenção e carinho. Se uma pessoa não tem algo para dar, como pedir ou exigir que ela consiga fazer algo diferente disso? Não se trata de uma sentença, pois, ainda bem, as pessoas mudam, e muito. Diante de desafios, diferentes situações de vida, perspectivas e objetivos, muitos conseguem quebrar os tais padrões e aprender novas formas de se relacionar com o mundo. Agora, pare e pense um minuto: é bastante provável que a pessoa que te magoou não tinha algo para dar diferente daquilo que te deu no momento em que te feriu. É preciso força, empenho, trabalho, busca incessante por orientação quando queremos nos transformar. Mas nem todo mundo tem esse pique ou, ainda, a oportunidade de repensar suas atitudes. Se fizer uma reflexão, é bem possível que você também tenha machucado alguém num momento impensado, em que estava nervoso, fraco, inconsciente e não se sentiu capaz de agir da melhor maneira. Isso acontece porque, de fato, ninguém dá o que não tem. Nesse caso, fica bem mais fácil perdoar. Porque entendemos que aquela pessoa não teve a consciência e o poder pessoal de agir da melhor maneira naquele momento. Seja de forma premeditada ou não, nada altera a afirmação de que "ninguém dá o que não tem". Porque, por mais que uma pessoa deliberadamente faça mal a alguém, isso por si só já prova o estado momentâneo de inconsciência que ela se encontra.
Não leve nada para o lado pessoalSeguindo essa linha, quando ferimos alguém, é nada mais nada menos do que refletir lá fora como estamos aqui dentro. Só damos o que temos. Se temos raiva, insegurança e medo, reagimos lá fora em total consonância com essa freqüência. Sendo assim, as reações que temos com uma pessoa são reflexo da nossa batalha ou paz interior. Se alguém nos faz mal, é porque também está mal e não consegue agir de forma boa naquele momento. Então, ela será assim com várias outras pessoas - é uma relação dela com o mundo. A história, portanto, não é pessoal... é ela com ela mesma, tendo você como espelho naquele momento. Pense assim: "Não é comigo, isso é ela brigando com o mundo e eu sou apenas a bola da vez. Não vou levar isso para o lado pessoal, então não tem o que perdoar. Preciso mesmo é ter compaixão dessa pessoa que não teve nada diferente daquilo para me dar naquele momento".
Várias circunstâncias nos levam a essa conclusão. Um resumo bastante preciso disso está no segundo compromisso do guerreiro espiritual que repito aqui, ipsis litteris: "Se você leva tudo para o pessoal é porque concorda com o que está sendo dito. Ao concordar todo o veneno passa a fazer parte de você. O que causa seu próprio envenenamento é o que os toltecas chamam de importância pessoal, expressão máxima do egocentrismo. Nada do que os outros fazem é motivado por você, é por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, nevoeiro ou mente, inclusive você. Se você aceita o lixo emocional do outro, ele passa a ser seu também. Se você se ofender sua reação será defender suas crenças e criar mais conflitos. Então, se você fica brava comigo, sei que está lidando consigo mesma. Sou apenas uma desculpa para você se irritar e fingir que não tem medo. Mas na verdade, sua braveza é uma expressão do seu medo. Sem medo não existe motivo para se irritar, brigar ou me odiar. Sem medo, não há motivo para sentir ansiedade, ciúme ou inveja."
Muitas vezes somos nós que atraímos essas situações e nos permitimos ser machucadosVocê acha que é coincidência uma pessoa que repete histórias de rejeição uma após a outra? Várias teorias psicológicas e exotéricas pregam exatamente o contrário: as pessoas buscam, inconscientemente, viver histórias parecidas umas com as outras para entender melhor as circunstâncias da dor que experimentou em algum momento passado. Ninguém, em sã consciência, procura ser abusado emocionalmente. Mas pode se sentir atraído por pessoas com determinadas características que culminam nessa situação de abuso. De alguma maneira, ao entrar em contato com essa sensação, a pessoa procura compreender porque isso acontece, ou quer fazer justiça, ou quer ter nova oportunidade de agir e sair vencedor. Apesar de profundamente desgastante, esse processo está em ordem. Mas, quanto antes nos dermos conta desse mecanismo inconsciente, mais cedo nos livraremos desse comportamento repetitivo e de toda dor que vem com ele. Adultos conscientes podem escolher que situações querem viver e estão prontos para definir limites para os demais. Quando um não quer, dois não fazem. Para alguém ser ferido numa relação, precisa estar disposto a ficar nela e a receber o que a outra pessoa tem para oferecer naquele momento. E como ninguém dá o que não tem e uma pessoa insiste em te ferir, você só continuará a sofrer se decidir permanecer naquela dinâmica de relação e, assim, dar oportunidade para que os ferimentos continuem a ocorrer.
Somos umA minha visão espiritual da vida tem me levado a experenciar, cada vez mais, a noção de que somos um. A ilusão de que estamos separados embaça nossa visão dessa verdade maior. É fato: "Ir a favor da evolução das pessoas, coisas ou situações é ir a favor de ti mesmo". Assim como "Ir contra a evolução das pessoas, coisas ou situações é ir contra ti mesmo". A natureza mostra isso. A sociedade mostra isso de forma nua e crua. Portanto, não há melhor forma de estar nesse planeta do que ser pleno de compaixão e entendimento. Compaixão é se colocar no lugar do outro, compreender o que ele sente, o que o leva a reagir de tal forma, entender que ninguém dá o que não tem e não levar suas ofensas para o lado pessoal. Sendo, assim, fica muito mais fácil perdoar. Ao perdoar e compreender alguém, você reflete isso em toda a Unidade. Gentileza gera gentileza e isso será passado adiante - por você e por quem quer que seja tocado pelo seu exemplo. Em sendo um, faremos bem a todos e a nós mesmos, em todas as instâncias.
É como canta Gilberto Gil na feliz constatação: "Não há o que perdoar, por isso mesmo é que há de haver mais compaixão"...

SUZYYYYYYYY

A ditadura filial

Quando nascem, as crianças têm seus pais como provedores de tudo – de comida, carinho, conforto, cuidados. Passam os anos, a independência chega a conta-gotas, mas de forma definitiva. Aprendem a falar, a ir ao banheiro sozinhas, a tomar banho, a ler, a se comunicar com o mundo. Chega a adolescência, a faculdade, o trabalho: viram adultos. Durante esse período, os pais fizeram tudo que podem, tanto do ponto de vista material, quanto emocional.

Acostumados a isso, os filhos não compreendem que esse papel de tutores que os pais cumprem tem um começo, um meio e um fim. O título de parentesco, é claro, será referência sempre mantida com muito carinho. Porém, um ser humano que realmente deseja evoluir, se emancipar e se responsabilizar pelos próprios atos, precisa ir além e perceber que – chegadas a emancipação e a maturidade – os pais, os tutores disponíveis de toda hora, tornam-se companheiros, irmãos na jornada da vida.

Ontem, ao ler uma página do livro “Nosso Lar”, encontrei frase ressonante que diz: “Na Terra, quase sempre, as mães não passam de escravas, no conceito dos filhos. Raros lhes entendem a dedicação antes de as perder”. Quando temos nossos próprios filhos, conseguimos compreender essa afirmativa numa outra dimensão. Costumamos projetar e esperar de nossos pais tanta perfeição, tanta presença, lançar sobre eles tantas expectativas que, alguém com um olhar mais atento poderia rotular esse processo facilmente de “ditadura filial”. Mas, quando enfim somos nós próprios os pais, vivenciamos o outro lado da moeda de passarmos a ser idealizados, exigidos e cobrados. Por muitos anos, essa postura se justifica dadas as necessidades da infância e da adolescência. Mas não se justifica para sempre. Não mesmo.

Queremos fazer o melhor pelos nossos filhos sempre, mas nos deparamos com nossa humanidade, com o cansaço e as tantas impossibilidades de agir e sentir da forma que gostaríamos. Aí, nessas horas, redimensionamos todas as expectativas idealistas que tínhamos sobre nossos pais, os humanizamos e os percebemos como mais um de nós – simplesmente um ser que está nesse planeta tal e qual qualquer pessoa com a finalidade de experimentar, acertar, errar, cair, levantar, enfim, aprender.

Alguns estudiosos dizem que levamos quatro ciclos de sete anos para rompermos, em definitivo, o cordão umbilical. A cada sete anos, uma nova emancipação e, aos 28 anos, a liberação final. A começar desse momento, estamos lado a lado de nossos pais, e não mais sob seu comando. Digo isso, claro, em circunstâncias gerais, normais, deixando de lado os casos em que inversões acontecem, ou que pais e filhos se apegam aos seus papeis e mantêm o laço por longos anos a fio.

Quando conseguimos, finalmente, compreender a irmandade humana, e encaixar nossos pais nessa turma, ocorre alquimia das mais interessantes. As expectativas caem por terra e, junto com elas, todas as frustrações, os desagrados, os abandonos, os medos, as projeções infundadas. Vamos além: aceitamos as impossibilidades dos pais e suas falhas. Entendemos que fizeram o que deram conta. Enxergá-los como aprendizes nesse planeta, tais como somos, é liberação altamente capacitante, uma vez que nos coloca no nosso lugar de poder.

Como diz o livro, essa compreensão é para poucos. Afinal, muitas vezes é mais fácil, mais cômodo deixar nossas vidas, responsabilidades e pesos das decisões nas mãos dos outros. Ainda mais quando temos à nossa disposição, a justificativa prá-lá-de-batida de serem poderes de propriedade dos nossos pais, aqueles que nos deram a vida e a quem devemos tanto.

Devemos sim, claro: muita gratidão, respeito e reconhecimento. Nada mais! O poder de fazer nossa vida, de escrever as páginas do nosso livro deve ser só nosso a certa altura da existência. Isso só faz bem. Não é uma perda, nem de um lado nem de outro. Mas, antes, um processo de aprendizado e amadurecimento absolutamente necessário para os filhos. E um movimento de liberação e leveza para os pais. Um processo, por assim dizer, muito belo e curativo.

Daniela Guima, mulher, jornalista, casada com Máximo há 10 anos, mãe de Rafaela e dos gêmeos Noah e Theo. Filha de Elce e Albano, a quem deseja liberar de suas expectativas ditatoriais mais do que nunca, procurando reconhecê-los atualmente como seus irmãos, que têm suas histórias, desafios e limitações próprias, e que não lhe devem mais nada. Sem jamais esquecer, é claro, toda a gratidão que sente por eles terem lhe dado a vida, e sido seus tutores nos primeiros anos de sua existência na Terra.






Solitude, de novo


Nesse momento em que me sinto sem base
Só e no papel da plena vítima
Lambendo o chão das minhas quedas
Cega para a luz que Eu Sou, que me rodeia
O que me salva? O que me norteia?
Solitude
Somente ela me coloca no centro de novo
É como retorno para meu lugar
Depois de longo passeio por tudo aquilo que não sou
Distraída por tantos estímulos externos
Tantos chamados, tanta tensa-ocupação
Vem solitude, me guiar pra dentro de mim

Sem pai nem mãe
Com medo, à deriva
Só você, solitude, me encontra de novo
Essa música dá voz a tudo que sinto na minha alma nesse exato momento: necessidade plena e intensa de vivenciar a solitude.

SE EU QUISER FALAR COM DEUS(Gilberto Gil – 1980)

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar




Reflexão sobre o medo da morte:

“A vida na Terra é apenas uma gota de escuridão em comparação com a vida espiritual e nela a verdade raramente pode ser vista. É como um pintinho dentro do ovo que se orgulha de si mesmo, que se acha tão importante que se recusa a quebrar a casca e sair. Prefere morrer em sua escuridão. Há um medo tão grande de perder a individualidade que impede o homem de aceitar a verdade espiritual, mas, como o pintinho na casa do ovo, ele não se perderá ao caminhar para o mundo da luz.

O mundo hoje está cheio de pessoas que temem quebrar a casca de auto-importância, permanecendo, assim, prisioneiros em seu pequeno mundo. O medo de perder a personalidade está por trás disso e impede o crescimento, a obtenção do verdadeiro conhecimento. (...)

Exatamente como nos foram mostradas as razões da doença e ervas divinamente fornecidas para corrigir nossas falhas e curar nossos corpos, é necessário agora que aprendamos como mostrar às pessoas porque têm medo e o remédio que se encontra dentro delas mesmas capaz de sobrepujar o medo.

A doença física é uma coisa material; o medo é mental. A primeira pode ser tratada por meios físicos de ordem bastante superior (como florais, por exemplo). E, da mesma forma que as ervas têm um poder exaltador sobre o corpo e a mente, a cura seguinte prepara a mente para a união espiritual e o governo consciente da vida através da Divindade interior.

Essecialmente a origem da doença física está na avidez e a da doença mental está no medo. Estenão é o reino da fé, da esperança e da dúvida. É o Reino da CERTEZA. Tempo e espaço não têm qualquer importância”.

POR QUE ESSE TRECHO MEXEU COMIGO – Recentemente passei por uma situação extrema de risco de morte.  Não achava que tinha sido isso tudo até dois médicos diferentes terem dito que “escapei por pouco”. Isso aconteceu A MENOS DE 5 DIAS, UMA MEDICAÇÃO que me causou uma INFECÇÃO interna intensa. FIQUEI DESIDRATADA E 2 SEGUNDO. Sem mais detalhes sobre a lama e o drama do processo todo, isso mexeu muito comigo. Mas não de um jeito tão bacana assim. A única parte boa de tudo isso, foi a sensação enorme de gratidão por ter sobrevivido, ainda mais, cheia de vida, com TRES FILHOS MARACILHOSOS E UM ESPOSO QUE ME AMA.
De resto, eu fiquei muito, muito tensa. Com muito, muito medo. Cheia de minhocas na cabeça. Caí mesmo, tremia quando lembrava do hospital. Questionei a minha fé – que considerava super forte – mas que, na hora do vamos ver, compareceu ‘meia-bomba-total’... Até ler esse texto acima do amigo Bach, eu não tinha conseguido entender o que estava acontecendo comigo, com minhas emoções. Agora, essa chavinha virou, sabe? A ficha caiu e encaixou fundo em mim, e o motivo de escrever esse mega-texto é para me reorganizar e dar um novo sentido a esse processo todo.

Basicamente, no minuto antes de apagar geral, olhei pro médico e pensei: “Será que esse é o último rosto que vou ver? Será que vou acordar depois?”. E confrontei o fato de que a minha fé tinha caído por terra, acho que porque nunca me convenci realmente sobre existirem outras vidas ou não. Nunca descartei a crença em reencarnações, mas nunca consegui falar delas como uma verdade final.

Depois de encarar essa baixa na minha fé, me questionei: existe alguma verdade em que acredito 1000%, com todo o meu ser, naturalmente, plenamente, de forma orgânica e incontestável? Eu, que me via como um ser cheio de fé, descobri que verdadeiramente só creio em duas coisas! Isso foi, no mínimo, desconcertante!

A primeira é a crença na Unidade, no EU SOU, no Somos Um. Sempre acreditei nisso, e não é da boca para fora. Vivo isso diariamente. Sei que quando faço mal a alguém, estou, na verdade, fazendo mal para mim mesma. Quando dou uma força para alguém, sei que esse ato me abraça da mesma forma. Tenho certeza plena disso, não me pergunte por que. Sempre tive um senso de justiça muito grande, desde criança, e me identificava muito com as pessoas e suas histórias, como se fossem minhas, como se fôssemos uma pessoa só. É fato que tais identificações me trouxeram muitos problemas e, ainda bem, estão melhor significadas hoje em dia. Mais tarde, essa crença evoluiu para a tese da “lei do retorno”: o que quer que eu faça, volta rápido para mim. Aos 20 anos, tatuei nas costas o Ohm, que significa Unidade, o Somos Um, no meu ombro direito (foto abaixo). Hoje, aos 32, essa sensação é clara e límpida. E tive a grata felicidade de descobrir que Bach é do meu time e concorda comigo: em todos os seus escritos, ele refere-se firmemente e repetidamente à sua crença intensa na Unidade.


A segunda crença que tenho totalmente impregnada em mim é sobre o amor ensinado por Jesus Cristo. E olha que nem sei se Ele realmente existiu ou não. Sinto que sim, mas não fecho questão nisso. Porém, quando leio passagens sobre Ele e seus ensinamentos (seja na Bíblia ou no Livro de Urântia) sinto meu corpo todo reverberar em uníssono com todos aqueles conceitos. O amor proclamado por Ele, a sua história – seja real ou invenção – falam ao meu ser plenamente. Para mim, é inquestionável. É líquido e certo.

Ao ler esse trecho acima escrito pelo Dr. Bach, descobri, que para além de diversos temores menores que cercaram o momento de medo que senti (do tipo, “como vão ficar meu marido e minha filha?”, “não vou vê-la crescer”, entre vários outros pontos angustiantes), o medo fundamental, maior de todos, é justamente o de perder a minha individualidade, minha personalidade – em última instância, o meu ego que engloba todas as coisas dessa existência: quem sou eu, o que gosto de fazer, meus relacionamentos, meus apegos. Esse medo implica em ingressar novamente na Unidade (da qual nunca saí), mas em outro formato – ironicamente, senti medo de vivenciar uma das coisas que mais amo e admiro: justamente aquele conceito em que acredito na minha pele, de forma intensa, orgânica.

O pavor que permeou esse acontecimento na minha vida e que vinha se instalando no meu dia-a-dia, sorrateiramente desde então, foi trazido às claras: o medo que sinto de morrer é o medo de perder minha personalidade, meu ego e me integrar e entregar à Unidade, sem interessar o formato como isso acontece – seja em reencarnações, seja virando poerinha cósmica. O que vivemos agora é nada se comparado à realidade maior do Universo e da Unidade. A vida é aprendizado, o resto é apego, ego, ilusão. Pensar no formato como a passagem se dá me angustia muito mais. Ao invés de pensar se eu acordaria depois (embora isso seja super compreensível), quero acalentar meu coração vibrando nessa verdade de estar e continuar na Unidade, mesmo depois do corpo físico morrer. A crença na Unidade me acalenta. Pensar no formato como isso acontece, me perturba. Então, quero focar na essência dessa crença, e não nos seus desdobramentos... isso me trouxe, finalmente, paz. E uma alegria imensa de estar viva, experenciando e aprendendo nesse Planeta-Escola.

Valeu, Dr. Valeu, Vida, por essa nova chance!

Sobre como agir e alcançar a iluminação com naturalidade:

“Empenhe-se e não perca a oportunidade de aprender que você pode ser capaz de ajudar os outros, pois, após ter se empenhado e ficado atento ao mundo, nos momentos de silêncio de dentro de si mesmo virá a resposta para o seu problema.

Você só resolve suas dificuldades no mundo após estudar o que está ao seu redor e pensar calma e cuidadosamente, preparando-se para a iluminação que provém do interior. O conhecimento buscado por alguém para ajudar os outros dá em troca, por assim dizer, o direito a esse conhecimento e, enquanto estiver no mundo, você deve muito tranquilamente perseverar, buscar e empenhar-se sem descanso.

O conhecimento interior lhe chegará sem esforço em momentos inesperados de paz ou repouso ou quando a mente estiver voltada para outras coisas. ‘Buscai e acharás’”.

POR QUE ESSE TRECHO MEXEU COMIGO – Dentro da crença da Unidade, o serviço faz absoluto sentido. Quando faço por alguém, faço por mim, faço por nós, faço pelo Eu Sou. E isso cala fundo no meu coração.

Uma bênção esse texto!