Tão simplesmente complexo..
Se eu fosse uma estrada talvez seria daquelas que te levam a lugar algum, mas te distraem um bocado.
Falo demais e quando tenho que falar o que sinto, me embaralho. Coração gosta de me trair. E eu vivo perdoando, igual mulher de malandro, ele me bate e eu ali... em cada batida, em cada compasso firme, acreditando.
Uso sandálias extremamente sexy's para esconder que sou pequena. Eu sou desprovida de altura, mas em compensação tenho vários compartimentos internos, guardo sonhos, lembranças, sons, vozes, momentos, cabe tanta coisa aqui dentro de mim que penso seriamente em alugar um quartinho em algum canto ai da cidade pra guardar sentimentos. Não sem antes registrá-los devidamente em cartório. São meus, não abro mão. É que às vezes fica complicado carregar tanto sentir.
Coleciono desastres amorosos e coloquei um coração fincado na porta. Sempre fui dona do meu nariz que nem gosto muito por sinal e do dinheiro que nunca tive.
Tenho a intensidade mais gigante do mundo e tenho um jeito todo apressado de amar.
Me tornei completamente anti-social em baladas e sou cabeça dura. Em alguns momentos, me arrisco a dizer que tenho 42 anos. Em outros, não passo dos 15.
Adoro chorar em filmes de amor e adoro uma sacanagem bem dosada. Adoro gente. Nem todo tipo, óbvio.
Gosto de ver a madrugada passar e gosto de café. Gosto de coração acelerado, gosto de ver a chuva cair, imaginando tanta coisa nela. Gosto dele. Gosto do jeito dele aumentar as palavras. Gosto... e ponto.
amo meu esposo e meus filhos.
amo meu esposo e meus filhos.
Carrego uma genética super complicada, uma bolsa com muita coisa que não uso, um bloquinho de anotações e ums papelzinhos rsrsr. E ainda arrumo espaço pra carregar todos os sonhos do mundo.
E enquanto não arrumo o quartinho pra alojar os excessos, saio por ai carregando tudo. E despejando em forma de letras.
Até quando houver sol.
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