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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

                                            VIVER BEM

                                                                                
Por toda a vida todos procuram o melhor para si. A depender das condições em que nos encontramos, estamos sempre a estipular qual seria o real objeto de nossa felicidade.
Quanto mais adentramos a reencarnação, adensando nossa alma nos limites de um corpo físico, mais nos deixamos seduzir por todas as ilusões que o mundo nos oferece, como se elas fossem realmente fazer-nos felizes.
Assim, ilusão a ilusão, distanciamo-nos cada vez mais de Deus e nos deixamos envolver por almas sem escrúpulos, na Terra e fora dela, fazendo com que assomem as más tendências que, certamente, irão nos provocar dores na mesma intensidade com que esquecemos que somos espíritos imortais.
E, às vezes, ainda na vida terrena, costumamos nos perguntar: "O que, afinal, é viver bem?"
E as portas da Espiritualidade se abrem para que as vozes dos que já abandonaram o mundo e suas ilusões, possam dizer que viver bem é saber tirar da dor, a maior lição; da riqueza, o melhor sentimento; da luta, a coragem; da doença, a força de continuar.
Mas, acima de tudo, viver bem é nunca nos esquecer que o mundo é trajeto obrigatório, porém não permanente, e que nosso grande destino é sermos viajores das estrelas, herdeiros dos bens imperecíveis em busca de Deus, ou seja, viver bem é não esquecer a nossa procedência divina."

                                      
                                  Esp. Maria do Rosário del Pilar


Este texto nos diz tudo quando nos questionamos sobre o que é viver bem. Se bem pensarmos e guiados pelos sentimentos que trazemos dentro de nosso coração, viver bem significa ter para com todos o mesmo amor, a mesma harmonia, o mesmo desprendimento que nos dá o sentido do dever cumprido com relação à convivência com nossos companheiros de caminhada.


Viver bem tem um amplo significado. Não pode viver bem quem não gosta de si mesmo, não aceita nem admite comportamentos diferentes do seu, achando que sempre está com a razão, não gosta de animais, não curte um jardim florido, não admira uma música , etc.Em suma: quem assim procede, deixa de ser aquela companhia que qualquer pessoa deseja ter ao seu lado, em seu ambiente de trabalho, em seus momentos de lazer e por aí vai.


Em primeiro lugar, quem não gosta de si, não pode jamais gostar de outra pessoa. A não ser que costume agir com hipocrisia. E pessoas hipócritas conseguem enganar por algum tempo, mas não por todo o tempo. 


Por outro lado, não podemos confundir viver bem com o fato de possuirmos muitos bens   materiais. A materialidade dos bens é efêmera, como tudo o que venhamos a ter pensando somente em nós mesmos e no poder que disso advém. Isto é passageiro e nada conta a nosso favor na história de nossa passagem pela Terra. Saber dividir - eis a questão.


As posses terrenas, as fortunas, são meios de que se serve Deus para testar a nossa fé, o nosso desapego e, também, a caridade como forma de altruísmo de nossa parte. É claro que necessitamos dos bens materiais para que possamos viver neste mundo. Mas nada pode ser tomado com exagero. Ter o suficiente para que possamos viver com honestidade e, na busca de sempre dividir o pão, como Jesus fez  quando por aqui andou.


Quantos exemplos Cristo nos deu. Seu nascimento, numa simplória e singela manjedoura, nos mostrou seu espírito puro e simples desde sua vinda ao mundo. Sua história de vida traz-nos exemplos magníficos de uma vida comum e louvável. Enquanto os tiranos da época eram reis e imperadores, cuja maior satisfação era mandar matar as pessoas contrárias aos seus desmandos, Ele com toda Sua humildade, contribuía para deixar-nos um legado de paz e amor.


Como esquecer a nossa procedência divina se fomos criados à imagem e semelhança de Deus? Somente aqueles que se afastam da perfeição espiritual, fruto do apego exagerado à matéria e às paixões desenfreadas pela riqueza e pelo poder. Deus nos experimenta  quando dá ao pobre, a resignação e  ao rico, o emprego que este dá aos bens e ao poder, pois que estes incitam aos excessos.


Dessa forma, viver bem é sentir no fundo de nossa alma as dores dos que ladeiam conosco os caminhos, por vezes tortuosos, desta existência. E, no sentir a dor alheia, compreender  e estender a mão amiga para auxílio e amparo. Viver bem é amar, do fundo do coração, todo aquele ser que, sendo nosso irmão em Deus, sofre pelas dores das doenças, pelos flagelos da vida, pela miséria, pela fome, pelo desabrigo e pelo frio.


Que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir para reconhecer, no irmão que conosco compartilha  a experiência na carne, a nossa própria condição de alma endividada em busca da evolução e do progresso.


 suzy loureiro

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