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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NOSSAS DEFICIÊNCIAS




"Já andei por tantos caminhos e já vivi tantas coisas, que hoje vejo que o preconceito e a discriminação estão em cada um de nós, e cabe-nos quebrá-los para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana.
Hoje posso afirmar que:
Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E miserável somos todos que não conseguimos falar com Deus."

                                        Renata Vilela

Lendo este texto chegamos à triste conclusão de quão grandes são nossas deficiências. Quando se fala em deficiente, vêm-nos na mente aquelas pessoas portadoras de diversos problemas físicos e/ou mentais. Digo-lhes de coração, que quem dera que assim fosse. Estaríamos, nesse caso, resgatando nossas dívidas passadas e, com isso, colaborando para a evolução de nosso espírito.

Pior que isso, é o que lemos acima. É aquele ser que, não obstante estar ao lado de algum irmão com reais necessidades, ignora seu companheiro de jornada terrena, esquecendo-se de que o que fizermos aos outros, estaremos fazendo a nós mesmos. A caridade não se compra. Não existe, no mundo inteiro, um lugar que venda a caridade. Esta, é parte integrante de cada um de nós. Ou temos ou não temos.

E a maior de todas, a meu ver, é a caridade do amor. Através dela, solucionamos todos os problemas do orbe. Jesus, para mostrar o poder de seu amor incondicional, multiplicou os pães, curou leprosos, fez voltar à vida quem havia morrido, perdoou àqueles que pecaram, preferiu morrer cruxificado por nós, enfim, demonstrou que o amor tudo pode quando quer.

Sabedores que somos de que o empreendimento da vida é a base para solidificar o crescimento, o progresso e a evolução espiritual, resta-nos colaborar para que isto se efetive. De que forma? Mudando nossos pensamentos e concluindo que o preconceito e a discriminação são mazelas que guardamos por muito tempo ou para sempre em nossa vida e que só servem para desestruturar nosso caminho em direção ao bem. Através de um preconceito, podemos destruir a vida de uma pessoa, apenas fazendo-a sentir-se rejeitada por viver dessa ou daquela maneira ou ter este ou aquele comportamento.


Livrando-nos desses males da alma, poderemos efetivamente humanizar-nos e criar uma espécie de nova compreensão dos problemas que afetam a grande maioria das pessoas ao nosso redor. Quando falamos destes tipos de deficiencias, devemos lembrar-nos que, via de regra, o doente e deficiente somos nós, que entranhamos em nossa consciência este tipo de comportamento e passamos grande parte de nosso tempo, nos deliciando em nomear as pessoas não pelo que elas são e pelo seu valor como ser humano, mas sim, pela forma como vive ou como se expressa, apenas para dar um exemplo. Uma forma muito típica e comum de discriminação é o apelido, que serve geralmente para definir a pessoa pelo seu ponto mais fraco, fazendo com que a mesma se sinta constrangida em frente aos demais.


Que sejamos nós, espíritas, convictos de que a verdadeira felicidade consiste em fazer os outros felizes e que o amor ao próximo deve ser o fruto de uma especial atenção às dores de um irmão que a vida nos coloca em nossa trajetória, não por acaso, mas para despertar-nos um sentimento de profundo respeito e caridade.


  suzy loureiro

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