Contentamento
fatigado
Ela corria veloz sentindo bafejos de vento em
seu rosto. De olhos fechados e braços abertos, sentiu um lampejo inesperado,
engoliu algo sem perceber, tal qual um soluço. Em diante, não houve ou suspeitou
haver um único momento em que ela não sorrisse, em que ela não suspirasse de
paixão por cada detalhe simples da vida que encontrasse - a felicidade chegou e
acampou até o instante do para sempre fatigado. Não havia nada nela que não
tivesse cheiro de carinho, afago, amor e liberdade; sua pele emanava..
transpirava.. emoção! Eram ímpetos de tesão e loucura. E de tanto tossir raios
luminosos, percebeu que tinha engolido o sol sem perceber.
Um coração iluminado permanece sempre vivo.
Após tanto amor, tanta emoção, pequenas chuvas de fadiga aguavam seu grandioso sol; e como um incêndio amazônico foi se desvanecendo em cinza, em pó, migalhas... Das migalhas o que lhe restara eram amores sem ciúmes, sexo sem orgasmo, conhecimento sem sabedoria, desculpa sem perdão, inteiro sem metade... Ela tinha tudo, e tinha nada, ao mesmo tempo. E assim ela foi sobrevivendo, catando migalhas no lugar em que outrora existia tanta fartura, tão pobre e tão rica de espírito
Um coração iluminado permanece sempre vivo.
Após tanto amor, tanta emoção, pequenas chuvas de fadiga aguavam seu grandioso sol; e como um incêndio amazônico foi se desvanecendo em cinza, em pó, migalhas... Das migalhas o que lhe restara eram amores sem ciúmes, sexo sem orgasmo, conhecimento sem sabedoria, desculpa sem perdão, inteiro sem metade... Ela tinha tudo, e tinha nada, ao mesmo tempo. E assim ela foi sobrevivendo, catando migalhas no lugar em que outrora existia tanta fartura, tão pobre e tão rica de espírito
escreva ("É
como passarinho engasgado, ou borboleta de asa quebrada, ou semente que não
germina, ou peixinho que nasce e come a mãe, ou experiência que só destrói, ou
riqueza que não agrega valor, é uma nova ninhada de palavras que já nascem
mortas; e se a ideia não puder
atravessar gerações, então que pare agora! e cale-se para
sempre")
As vezes a gente sofre pelo que não merece, e
esquece o que merece de verdade. As vezes, não. Quase sempre. Não que a minha
dor seja pelo que não mereça; porque merece sim, isso é indiscultível. Mas, nos
sofremos, mesmo assim. Eu não costumo sofrer pelas pessoas, nem pelas que eu
amo. Qualquer forma de sofrimento, mesmo que primária, é inútil, e não deve ser
utilizada de forma alguma. Então.. eu não sofro. Mas, as vezes, eu olho a lua.
Eu olho a lua e vejo que sofrer um pouquinho faz até bem. Saudade faz bem.
faz bem. É sim, faz bem. Eu sei, eu me contradizo.. mas eu
acho mesmo que contradição também faz bem. Escrever coisas sem ligações faz bem.
Embolar pensamentos na frente do computador de casa com hora marcada para
estudar para as provas decisivas da vida e um marzão na minha frente também faz
bem. Quer saber? A vida faz bem. Viver faz bem. Sem princípios idiotas, sem
tempo para julgamentos mesquinhos e in-sensatos. Tá na hora de aprender a usar
lápis. Só o lápis se deixa apagar. Usar lápis, e ser feliz. Um mar, uma música e
amizade. Muita amizade. Muito amor. E claro, pra ficar legal.. saudades também.
Muitas saudades.
A lucidez de um copo de cachaça pura
Chega um momento em que você percebe que ler um livro, ou
assistir todas as aulas, ou procurar cultura rica em significado em tudo, não é
o mais importante na vida, apesar de ser fundamental. Viver na "ignorância" tem
seus prós e contras, e também é fundamental perceber isso.
Há um momento em que você percebe que a felicidade não está em conquistar posses, títulos, diplomas... Mas que há felicidade em respirar com tranqüilidade, em sorrir ao lado das pessoas que você ama... Apesar de a vida te cobrar muitas coisas.
Existem momentos em que o melhor a se fazer não é começar um debate interminável só para mostrar que você tem uma opinião bem estruturada; às vezes o melhor é calar.
Não há felicidade somente nos vinhos mais caros, mas há também no copo de cachaça pura.
Um dia você percebe que não precisa correr para chegar ao outro lado (geralmente os infantes têm essa mania, não é verdade?), andando você também chega, e chega menos cansado e mais sorridente.
Um dia você também percebe que ser interesseiro não é sinônimo de ser mal-caráter, afinal todo mundo procura o melhor para si.
Um dia você percebe que fidelidade em uma relação conjugal não é tudo, apesar de ser um detalhe essencial; o essencial mesmo é cuidar do coração do outro para evitar situações irreversíveis. Percebe ainda que sexo com a pessoa amada não é a melhor coisa do mundo, a melhor mesmo é sexo com vontade e entrega.
Um dia você entende que maturidade não é usar paletó e ir trabalhar todo dia. Um dia você entende que maturidade tem mais significado na maneira como você reage a situações inesperadas, tem mais a ver com a capacidade de adaptar-se, tem mais a ver com a boa relação com o próximo.
Chega um momento em que você diz para si mesmo “Eu cansei!” e não tem vergonha ou receio de expor esse sentimento. Acho insuportável a lucidez das pessoas fatigadas, mas elas são bem mais felizes, elas estão bem mais próximas da resposta das mutantes perguntas.
Há um momento em que você percebe que a felicidade não está em conquistar posses, títulos, diplomas... Mas que há felicidade em respirar com tranqüilidade, em sorrir ao lado das pessoas que você ama... Apesar de a vida te cobrar muitas coisas.
Existem momentos em que o melhor a se fazer não é começar um debate interminável só para mostrar que você tem uma opinião bem estruturada; às vezes o melhor é calar.
Não há felicidade somente nos vinhos mais caros, mas há também no copo de cachaça pura.
Um dia você percebe que não precisa correr para chegar ao outro lado (geralmente os infantes têm essa mania, não é verdade?), andando você também chega, e chega menos cansado e mais sorridente.
Um dia você também percebe que ser interesseiro não é sinônimo de ser mal-caráter, afinal todo mundo procura o melhor para si.
Um dia você percebe que fidelidade em uma relação conjugal não é tudo, apesar de ser um detalhe essencial; o essencial mesmo é cuidar do coração do outro para evitar situações irreversíveis. Percebe ainda que sexo com a pessoa amada não é a melhor coisa do mundo, a melhor mesmo é sexo com vontade e entrega.
Um dia você entende que maturidade não é usar paletó e ir trabalhar todo dia. Um dia você entende que maturidade tem mais significado na maneira como você reage a situações inesperadas, tem mais a ver com a capacidade de adaptar-se, tem mais a ver com a boa relação com o próximo.
Chega um momento em que você diz para si mesmo “Eu cansei!” e não tem vergonha ou receio de expor esse sentimento. Acho insuportável a lucidez das pessoas fatigadas, mas elas são bem mais felizes, elas estão bem mais próximas da resposta das mutantes perguntas.
As pessoas fatigadas estão cansadas da visão romântica (lê-se
ingênua) do mundo. Quando a verdadeira maturidade é concebida, a vida passa a
ter um mistério bem mais excitante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário