minhas músicas

sábado, 4 de dezembro de 2010

                                                                                       Os vossos filhos
 Não são vossos filhos:
são filhos e filhas
Do chamamento da própria Vida.
Vêm por vosso meio
Mas não de vós;
E apesar de estarem convosco,
Não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor;
Mas não os vossos pensamentos:
Porque eles têm pensamentos próprios.
Podeis acolher os seus corpos;
Mas não as suas almas:
Porque as suas almas
Habitam a casa de amanhã
Que não podeis visitar,
Nem sequer em sonhos.
Podeis esforçar-vos por ser como eles;
Mas não tenteis fazê-los ser como vós.
Porque a vida não vai para trás,
Nem se detém com ontem.
Sois os arcos, e os vossos filhos
As setas vivas projectadas.
O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito,
E retesa-vos com o seu poder
Para que as setas
Possam voar depressa para longe.
Que a vossa tensão na mão do Arqueiro
de alegria.
Porque assim como ele gosta
da seta que voa,
Também gosta do arco que fica

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